MONTELEONE | CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA

TRATAMENTOS

HOMOPARENTALIDADE E TRATAMENTOS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

Os casais homoafetivos têm cada vez mais procurado serviços de reprodução assistida para realizarem o sonho de serem pais e mães. Entretanto, no decorrer desse caminho várias questões aparecem, tanto do ponto de vista técnico, quanto físicos, legais e psicológicos.

Durante muitos anos, a infertilidade era reconhecida como problema de saúde e o paciente era o casal infértil. Apenas em 2013, os tratamentos foram liberados com clareza para casais homoafetivos e pessoas solteiras.

Para os relacionamentos homoafetivos femininos ou mulheres solteiras é necessária a utilização de sêmen de doador e a técnica a ser realizada pode ser a inseminação intrauterina (IIU) ou a fertilização in vitro (FIV), de acordo com a avaliação clínica da mulher que realizará o procedimento. O casal pode fazer uso de gametas masculinos ou de embriões doados. Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. É proibido que haja caráter lucrativo ou comercial.

Para a IIU, acompanha-se o ciclo menstrual através de ultrassonografias transvaginais e no momento oportuno (próximo à ovulação), é realizada a IIU propriamente dita, que consiste na transferência do sêmen do doador escolhido para dentro da cavidade uterina. Esse ciclo acompanhado pode ser natural (sem hormônios) ou com medicamentos indutores da ovulação.

Outra opção é a FIV, na qual realiza-se a estimulação ovariana com medicamentos (gonadotrofinas) até que os folículos atinjam um tamanho adequado e sejam aspirados via transvaginal, com a paciente sedada. A obtenção dos gametas masculinos é feita através de bancos de sêmen que disponibilizam algumas características dos doadores. A fertilização dos óvulos com os espermatozóides do doador escolhido é realizada no laboratório. Após a formação do embrião, podemos transferi-lo ao útero. Se a opção foi a FIV, é permitida a gestação compartilhada, ou seja, o casal pode optar que o embrião obtido a partir da fecundação dos óvulos de uma das mulheres seja transferido para o útero de sua parceira.

Quanto aos relacionamentos homoafetivos masculinos, as opções são receber óvulos doados para serem fertilizados com o sêmen de um dos parceiros, associado à gestação de substituição, isto é, cessão temporária do útero. A escolha das doadoras é responsabilidade do médico assistente, que deve garantir a maior semelhança fenotípica possível. Também é proibido que haja caráter lucrativo ou comercial e não se pode conhecer a identidade das doadoras e vice-versa. A cedente temporária do útero tem que pertencer a família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo de até 4º grau.

Os demais casos estão sujeitos a autorização pelo Conselho Regional de Medicina.

Como a concepção tradicional não é uma opção para casais homoafetivos, o caminho para a parentalidade é mais desafiador. Por isso, temos equipe especializada para informar aos casais todos os detalhes dos tratamentos e para dar o apoio psicológico necessário nessa importante decisão.

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